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**Soberania nacional relativa** *Artigo de Luís Ernesto Lacombe publicado em 18/05/2025 na Gazeta do Povo* O pária internacional é Bolsonaro... O criminoso é Bolsonaro... Ele é tirano, fascista, nazista, golpista, genocida. Toda punição a ele será pouca. E, como sangue não é água, Eduardo Bolsonaro, um de seus filhos, trabalha incansavelmente contra a soberania brasileira... Um absurdo. Onde já se viu a pessoa se licenciar da Câmara dos Deputados para ficar nos Estados Unidos, denunciando sem parar uma tirania que teria tomado conta do nosso país? A turma do Lula tenta insistir nesses papinhos e, para não entregar sua hipocrisia de vez, fecha os olhos e os ouvidos, de novo, para o que o petista fez e disse nos últimos dias. Não só ele, o presidente do STF também... Depois de encontros com ditadores do mundo todo em Moscou, Lula foi a Pequim dizer que “a relação entre Brasil e China nunca foi tão necessária”. E ele não se referia apenas à questão comercial... O petista resolveu comparar suas “vitórias eleitorais” com a revolução de Mao Tsé-Tung... Tudo o que o sujeito queria para o nosso país já foi e é feito pelo Partido Comunista Chinês. E esse é desejo antigo do Lula. Em 2021, ele andava por aí, dizendo: “Esse partido na China tem poder e um governo forte. Quando tomar decisões, o povo respeitará essas decisões. Isso é algo que não temos no Brasil.” É, talvez ainda não completamente, mas a aliança STF-PT está empenhada nisso. Lula e Janja, ou Janja e Lula, capricharam na ação. Na visita a Pequim, falaram a Xi Jinping dos “efeitos nocivos do TikTok”, destacando que o algoritmo da rede social chinesa favorece “o avanço da extrema direita no Brasil”... O anfitrião respondeu que nosso país tem o direito de regulamentar ou até banir a plataforma, se assim desejar. Resposta perfeita, do ponto de vista de um ditador. E Lula encheu o peito para dizer que “o companheiro Xi Jinping mandará ao Brasil um homem de sua inteira confiança, para debater com os brasileiros a melhor maneira de controlar o TikTok e, por extensão, as redes sociais”. A soberania nacional pode esperar. O governo brasileiro parece mesmo aceitar de bom grado a intervenção da ditadura chinesa no controle de redes sociais, mídias digitais... De toda a internet, por que não? Se o objetivo é ser como a China, um passo de cada vez, até a censura total — no que os comunistas sempre foram mestres. Se o discurso do inimigo político é mais bem-sucedido nas plataformas, alguma atitude precisa ser tomada, e com autoridade. Só é importante ressaltar que, quando Janja, em Pequim, disse que o filme Ainda estou aqui mostra “os horrores de um regime autoritário”, ela estava se referindo apenas ao regime militar no Brasil e ao terrível período em que Bolsonaro foi o presidente. O Partido Comunista Chinês é só lindeza. Se Lula acha que as leis que já temos não são suficientes para abarcar seu totalitarismo, que forças externas malignas assumam o controle e elaborem nova legislação... Talvez uma nova Constituição, já que a atual fala em democracia (não a relativa), em direitos humanos... Que mal pode haver em ser satélite de uma ditadura? Que mal pode haver em estar sempre do lado errado, bajulando os bandidos do mundo? Subserviência aos “malvadões certos” deve ter um lado bom. Se o povo não é soberano, por que o país como um todo deveria ser? Soberania nacional, isso é tão relativo... Eduardo Bolsonaro é quem a ataca. Menino rebelde. Bom mesmo é o presidente do STF, Luís Roberto Barroso. Em evento em Nova York, esta semana, ele disse que, na condição de presidente do Tribunal Superior Eleitoral, pediu ajuda ao governo de Joe Biden para que fizesse declarações de apoio à “democracia brasileira”. Ele esteve muitas vezes com o encarregado de negócios americano, com representantes do Departamento de Estado. O ministro contava com a influência, com a pressão de Washington no Alto Comando das Forças Armadas brasileiras, para evitar a eventual adesão a um golpe. Ele afirmou que nossos militares “não gostam de se indispor com os Estados Unidos”... Na época, até o secretário de Defesa americano desembarcou em Brasília para uma série de encontros com autoridades militares e civis. Assim, viramos um país pelo avesso, invertido, pervertido, corrompido, em que tirania é a solução de todos os problemas, em que liberdade é desnecessária, perigosa, a grande ameaça. Somos, enfim, um país de cabeça para baixo, bagunçado, em que bandidos viraram mocinhos e mocinhos viraram bandidos. Somos um país de ponta-cabeça, como no insano mapa-múndi do IBGE, exibido em Pequim pelos sorridentes Márcio Pochmann e Dilma Rousseff. Somos um país sem a soberania do povo, com a soberania nacional ameaçada, se fingindo muito mal de “protagonista”, de “líder importante”... Somos já uma ditadura, que a turma do STF e do PT teima em chamar de democracia. Fonte: www.gazetadopovo.com.br/vozes/luis-ernesto-lacombe/soberania-nacional-relativa
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